Produtos

Tendo em vista a necessidade de proteger e valorizar um rico património de produtos agrícolas e agro-alimentares com características qualitativas decorrentes da sua origem geográfica e do modo particular de produção ligado a hábitos ancestrais das populações, a Comunidade Europeia criou, em 1992, no contexto da política de qualidade dos produtos agrícolas e géneros alimentícios, sistemas de valorização e de protecção jurídica para os produtos agro-alimentares de carácter específico.

O Regulamento (CE) n.º 510/2006 do Conselho de 20 de Março, que substitui o Reg. (CEE) n.º 2081/92 do Conselho de 14 de Junho, relativo à protecção das Indicações Geográficas e das Denominações de Origem é a base jurídica europeia das IGP e DOP para os produtos agrícolas e agro – alimentares abrangidos no seu campo de aplicação.

De acordo com esta regulamentação entende-se por:

Denominação de Origem, é o nome de uma região, de um local determinado ou, em casos excepcionais, de um país, que serve para designar um produto agrícola ou género alimentício:
- originário dessa região, desse local determinado ou desse país e
- cuja qualidade ou características se devem essencial ou exclusivamente a um meio geográfico específico, incluindo os factores naturais e humanos, e
- cuja produção, transformação e elaboração ocorrem na área geográfica delimitada;

Indicação Geográfica, é o nome de uma região, de um local determinado ou, em casos excepcionais, de um país, que serve para designar um produto agrícola ou género alimentício:
- originário dessa região, desse lugar determinado ou desse país e
- que possui determinada qualidade, reputação ou outras características que podem ser atribuídos a essa origem geográfica, e
- cuja produção e/ou transformação e/ou elaboração ocorrem na área geográfica delimitada;

A nível nacional compete ao Instituto do Desenvolvimento rural e Hidráulico – IDRHa (www.idrha.min-agricultura.pt/) a instrução dos processos de reconhecimento e protecção dos nomes geográficos.


No mosaico territorial composto pela extensa faixa litoral, pelo Barrocal, pela Serra e zona de transito para o Alentejo, coexiste, assim, uma riqueza de produções primárias, de transformação agro-alimentar e de artesanato.

1. Produções Primárias

- pomar tradicional de sequeiro (amêndoa, figo, azeitona, alfarroba,…);
- cultura de regadio (laranja, tangerina, figo fresco, batata doce, uva de mesa, primores, …);
- actividades pecuárias (cabra e cabrito algarvios, ovelha e borrego de raça churra,…);
- produção florestal (cortiça, outras espécies mediterrânicas,…);
- ervas aromáticas (poejo, salva, orégãos, …)

- outras (frutos silvestres – medronho, amora figo de pita, …; perceves de Aljezur, moluscos e bivalves; extracção de sal; …).

2. Transformações de Produtos Agro-Alimentares

- produto da terra (derivados de alfarroba, doces regionais de amêndoa, azeitona britada e de sal, mel …);
- produtos derivados da pecuária (enchidos – chouriço, farinheira, morcela, molhe -; carne de cabrito algarvio e de borrego de raça churra, queijo de cabra fresco e curado;…);
- produtos do mar (transformação de sal marinho, flor de sal, peixes secados,…);
- licores (laranja, tangerina, figo, alfarroba, marmelo, poejo,…) e aguardente medronho.

3. Artesanato Útil e de Decoração

(cestaria, olaria de barro, utensílios em cobre, trabalhos em juta, ráfia, linho, madeira, …).

Estas produções têm uma história na Região e um espaço importante nas estratégias de acumulação e de rendimento dos seus produtores e das respectivas famílias. Essa importância evoluiu ao longo do tempo, com reflexos no (re)ajustamento do cálculo económico de oportunidade o qual está na origem, p.e., da transformação estrutural do pomar tradicional de sequeiro, com a substituição gradual da figueira, da amendoeira e das oliveiras por alfarrobeiras.

A proposta de produtos tradicionais prioritários contempla os seguintes produtos tradicionais de qualidade:
- derivados da alfarroba;
- flor de sal marinho;
- batata doce;
- azeitona britada;
- figo fresco;
- doçaria regional (amêndoa, figo e alfarroba);
- enchidos de Monchique;
- cabrito de raça algarvia;
- queijo de cabra algarvia.
Condicionantes e Potencialidades dos Produtos Tradicionais - Região do Algarve
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Azeites..., carnes de bovino..., de caprino..., de ovino e de suíno..., frutas frescas..., secas... e secadas..., méis..., enchidos... e ensacados..., presuntos... e queijos..., em comum todos têm direito a usar um nome próprio que os qualifica e comprova a sua origem, reputação, genuinidade ou tradicionalidade.

Doces, picantes, sumarentos, frescos, amanteigados, estaladiços, friáveis, suculentos, fumados, carnudos, acres, acídulos, dulcíssimos, tenros, sucosos, fundentes, aromáticos,.... é todo um mundo de adjectivos para qualificar sabores e saberes tradicionais, modos de produção ancestrais, genuínos, respeitadores de ambientes, terras e homens.


Veja produtos do Algarve, alguns já com Denominação de Origem Protegida.
 

 

Os benefícios da Sardinha (do Algarve):
- Tem poucas calorias
- Tem tantas proteínas como o bife
- É um peixe gorduroso, mas a sua gordura é benéfica
- É muito rica em cálcio (evita a osteoporose)
- É muita rica em fósforo (necessário para o bom funcionamento do nosso cérebro)
- É pobre em ferro (evita ataques cardíacos)
- É muita rica em vitaminas

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